Os preços do petróleo subiram nesta quarta-feira (30) devido a dados que mostram um aumento da demanda nos Estados Unidos e notícias de que a Opep planeja adiar um aumento de produção.
O barril de tipo Brent para entrega em dezembro subiu 2,01%, alcançando 72,55 dólares. O West Texas Intermediate (WTI) com vencimento para o mesmo mês avançou 2,08%, para 68,61 dólares.
"O petróleo se recupera", resumiu Phil Flynn, da Price Futures Group, após uma queda na terça-feira que levou o valor para seu nível mais baixo em um mês e meio.
As tensões geopolíticas continuam, constatou o analista, que acredita que "o mercado provavelmente reagiu de forma exagerada" ao derrubar os preços após ataques israelenses ao Irã, menores do que se esperava.
A recuperação técnica de quarta-feira foi reforçada pelo relatório semanal da Agência de Informação sobre Energia (EIA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.
As reservas comerciais de petróleo nos Estados Unidos caíram inesperadamente na semana passada devido a uma diminuição nas importações.
Essas reservas reduziram-se em 500.000 barris na semana encerrada em 25 de outubro, enquanto os analistas esperavam um aumento de 1,8 milhão de barris, segundo o consenso reunido pela agência Bloomberg.
Essa queda se deve a uma redução de 7% nas importações na semana em questão. São 3,2 milhões de barris a menos que entraram nos Estados Unidos em comparação com a semana anterior.
No mesmo período, as exportações aumentaram ligeiramente (+4%).
A produção, por sua vez, permanece em níveis recordes, com 13,5 milhões de barris diários (mbd).
No entanto, os volumes de produtos refinados vendidos - um indicador implícito da demanda - subiram 6,8% em uma semana.
"Foi um relatório positivo" para o petróleo, avaliou Phil Flynn. Os números "não correspondem ao discurso pessimista que temos ouvido sobre a demanda ultimamente", afirmou.
Uma informação da Reuters reforçou o movimento de alta. De acordo com a agência, os oito membros da Opep+ que haviam anunciado um aumento progressivo de produção a partir de dezembro poderiam adiá-lo em um mês ou mais.
* AFP