Moradores da Flórida acordaram nesta quinta-feira (10) com carros lançados em um campo de futebol, inundações e casas varridas pelo furacão Milton. Bairros costeiros foram engolidos pela água. Pelo menos 14 pessoas morreram e 3 milhões de casas ficaram sem energia.
O Milton chegou à costa da Flórida às 20h30min (21h30min no horário de Brasília) de quarta-feira (9) tocando o solo perto da cidade de Sarasota, como furacão de categoria 3 e ventos de 205 km/h. Na madrugada desta quinta (10), ele passou à categoria 1, enquanto se movia pela Flórida, mas alertas sobre o efeito devastador, incluindo inundações repentinas, permaneciam ativos. À tarde, ele se afastou da costa leste da Flórida em direção ao Atlântico.
Autoridades disseram que pelo menos 14 pessoas morreram em todo o Estado. Seis mortes foram causadas por tornados no condado de St. Lucie, na costa atlântica. Os serviços meteorológicos já haviam advertido sobre o risco de tornados associados ao furacão.
Prevenção
Um porta-voz do condado, Erick Gill, disse que algumas das vítimas viviam no Spanish Lakes Country Club Village, uma comunidade de casas móveis de aposentados ao norte de Fort Pierce. Ele não especificou o número de mortos.
A comunidade de 121 hectares destinada a residentes com 55 anos ou mais possui quadras de tênis, biblioteca, piscinas e campos de golfe. Os tornados transformaram algumas casas em pilhas de escombros. Um carro foi arrastado e atingiu várias delas.
Houve inundação também no interior da Flórida, como em Orlando, onde os parques temáticos da Disney permaneceram fechados por precaução. Na densamente povoada área da Baía de Tampa, os ventos arrancaram o teto do estádio Tropicana Field e lançaram um guindaste contra um edifício no centro de St. Petersburg. A cidade registrou pelo menos duas mortes.
O pior cenário, no entanto, parece ter sido evitado, especialmente na costa oeste do Estado. Os esforços para fazer com que as pessoas seguissem as ordens e avisos de retirada parecem ter dado certo. O presidente americano, Joe Biden, disse que mais de 80 mil moradores se abrigaram em segurança. A ameaça do furacão motivou um dos maiores êxodos da história da Flórida.