Após lançar cerca de 200 mísseis contra o território israelense na terça-feira (1º), o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, afirmou que a ação contra Israel está concluída.
Conforme a agência Reuters, Araqchi declarou nesta quarta-feira (2) que o país exerceu o direito de autodefesa.
"Nossa ação está concluída, a menos que o regime israelense decida provocar nova retaliação. Nesse cenário, nossa resposta será mais forte e poderosa", escreveu o ministro em uma publicação na plataforma X.
Araqchi também disse que os Estados Unidos foram avisados para não interferir após o bombardeio a Israel.
"Trocamos mensagens, mas isso não significa coordenação. Nenhuma mensagem foi enviada antes de nossa resposta (a Israel). Após essa resposta, um aviso foi transmitido via Suíça, informando os americanos que era nosso direito à autodefesa e que não pretendíamos continuar (o ataque)", afirmou o ministro, segundo a agência de notícias iraniana Tasnim.
O lançamento dos mísseis foi uma resposta às mortes de líderes do Hezbollah, grupo extremista apoiado pelo Irã.
Ações para prevenir ameaças à paz e segurança regional já haviam sido solicitadas pelo ministério das Relações Exteriores do Irã ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
"Estou otimista em relação aos dias futuros. Há uma possibilidade de conflito, mas nossas forças estão totalmente preparadas. Esperamos testemunhar gradualmente a estabilidade em nossa região nos próximos dias," declarou ainda Araqchi.
Persona non grata
Israel declarou nesta quarta o secretário-geral da ONU, António Guterres, persona non grata. O anúncio foi feito pelo ministro das Relações Exteriores do país, Israel Katz, após o diplomata não se manifestar diretamente sobre o ataque do Irã contra o território israelense na terça-feira.