O Rei Charles III embarcará para a Oceania nesta sexta-feira (18), e, segundo informações do jornal britânico The Times divulgadas pelo g1, ele estará acompanhado por uma equipe médica e levará um estoque de seu próprio sangue durante a viagem oficial à Austrália e Samoa.
Uma fonte do palácio informou que Charles "será monitorado de perto" e contará com o apoio de dois médicos. Segundo a publicação, ele interromperá temporariamente o tratamento de quimioterapia durante primeira visita à Commonwealth desde que assumiu o trono.
Esta será a primeira grande viagem internacional do monarca, de 75 anos, desde que foi anunciado, em fevereiro, que ele havia sido diagnosticado com câncer. Ele estará acompanhado da rainha consorte, Camilla.
Charles e Camilla iniciarão a visita pela Austrália, onde o rei, como chefe de Estado, estará de 18 a 23 de outubro em Canberra. Lá, discutirão o impacto das mudanças climáticas com autoridades do Jardim Botânico Nacional.
O monarca também se encontrará com pesquisadores da Agência Nacional de Ciências da Austrália para abordar as consequências dos incêndios que devastaram o país há cinco anos.
Em Sydney, Charles terá reuniões com Georgina Long e Richard Scolyer, renomados pesquisadores especializados em câncer de pele.
Após a Austrália, o casal real seguirá para Samoa, onde, entre 23 e 25 de outubro, participará da reunião de chefes de governo da Commonwealth, uma organização que reúne 56 países. Com exceção de Togo, Gabão, Moçambique e Ruanda, todos esses países mantêm laços históricos com o Reino Unido.
A visita à Austrália e Samoa foi anunciada em julho, sem detalhes sobre as datas. O Palácio de Buckingham explicou que o roteiro foi reduzido devido à condição de saúde do rei, levando à exclusão da Nova Zelândia da agenda.
"Os médicos do rei recomendaram um programa mais leve para priorizar sua recuperação", informou o palácio.
Charles visitou a Austrália várias vezes como príncipe, mas esta será a primeira viagem ao país como soberano. A última visita de um monarca à Austrália foi realizada por sua mãe, Elizabeth II, em 2011.