O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, vai se reunir amanhã em Londres com o primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, para discutir a ofensiva israelense contra o Hezbollah, anunciou um funcionário do Departamento de Estado na noite desta quinta-feira (24).
Blinken chegou na noite de hoje à capital britânica, após um giro pelo Oriente Médio, o 11º desde o começo do conflito entre Israel e o Hamas, em 7 de outubro de 2023.
O secretário de Estado americano também se reunirá separadamente com seus contrapartes da Jordânia e dos Emirados Árabes Unidos, dois parceiros-chave de Washington na eventual implementação de um plano de pós-guerra para Gaza, disse o funcionário do Departamento.
Mikati irá ao encontro com Blinken depois de participar, na quinta-feira, de uma conferência sobre o Líbano em Paris, na qual afirmou que só o Estado libanês deveria ter acesso a armas.
Israel quer paralisar o Hezbollah, uma milícia e movimento político apoiado pelo Irã, que há décadas dispõe de forças próprias dentro do Líbano.
Desde o início da guerra em Gaza, provocada pelo ataque do Hamas contra o território israelense em 7 de outubro de 2023, o Hezbollah lança mísseis para o norte de Israel em solidariedade com seu aliado palestino.
Blinken não participou da conferência de Paris, mas enviou um de seus adjuntos. Diferentemente do caso de Gaza, os Estados Unidos, que são o principal apoiador militar e político de Israel, não pediram para este país suspender de imediato os ataques no Líbano.
Em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira no Catar, Blinken declarou que Israel quer eliminar a "ameaça" do Hezbollah, mas que no fim seria necessária uma solução diplomática.
"Temos sido muito claros no fato de que isto não pode levar, não deveria levar, a uma campanha prolongada e em que Israel deve tomar as medidas necessárias para evitar perdas civis e não pôr em risco as forças de manutenção de paz da ONU ou as forças armadas libanesas", declarou Blinken.
* AFP