Os procuradores suecos acusaram, nesta quarta-feira (28), dois homens de crimes de ódio por vários protestos que envolveram a queima de exemplares do Alcorão em 2023, atos que provocaram uma grande indignação em países muçulmanos.
Salwan Momila, um cristão iraquiano que queimou vários exemplares do Alcorão em uma série de protestos, e Salwan Najem foram acusados de "incitação contra um grupo étnico" em quatro ocasiões em meados de 2023.
"Ambos estão sendo processados por terem feito declarações nessas quatro ocasiões e tratado o Alcorão de maneira que expressava desprezo contra os muçulmanos devido à sua fé", detalhou a procuradora Anna Hankkio em um comunicado.
Segundo a ata de acusação, a dupla profanou o Alcorão, incluindo sua queima, enquanto fazia comentários depreciativos sobre os muçulmanos em frente a uma mesquita de Estocolmo.
"Na minha opinião, as declarações e ações dos homens se ajustam às disposições sobre incitação contra um grupo étnico ou nacional e é importante que esse assunto seja julgado nos tribunais", acrescentou a procuradora.
* AFP