Os países da União Europeia (UE) confirmaram nesta sexta-feira a nível ministerial que as negociações de adesão com Ucrânia e Moldávia começarão na terça-feira (25), anunciou a delegação da Bélgica, que exerce a presidência rotativa semestral da UE.
Os ministros das Finanças dos países do bloco aprovaram formalmente o marco das negociações e confirmaram, desta forma, um acordo de princípios que havia sido alcançado na semana passada pelos representantes permanentes dos 27 Estados em Bruxelas.
As mesmas fontes informaram que as negociações acontecerão em Luxemburgo.
Na rede social X, o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, celebrou um "passo histórico", que tornará realidade o "sonho" de muitos ucranianos.
"Milhões de ucranianos, na verdade, gerações de nossa população, estão tornando realidade seu sonho europeu. A Ucrânia retorna à Europa, a qual pertenceu durante séculos, como membro de pleno direito da comunidade europeia", afirmou.
A UE concedeu à Ucrânia o status de país candidato em junho de 2022, pouco depois da invasão russa, um gesto considerado altamente simbólico.
A Comissão Europeia anunciou em 7 de junho que a Ucrânia e a Moldávia cumpriam todas as condições para iniciar negociações formais.
O Executivo europeu exigiu, no entanto, que a Ucrânia tomasse medidas para combater a corrupção e o poder dos oligarcas.
A Comissão apelou também a uma maior consideração pelas minorias, medida insistentemente exigida por Budapeste, dada a presença de uma comunidade húngara na Ucrânia.
O processo de adesão leva vários anos de negociações complexas entre os países solicitantes e as instituições da UE em Bruxelas, um processo que pode durar até uma década.
A Turquia iniciou conversas formais de adesão em 2005 e ainda não obteve avanços. A Albânia foi reconhecida como país candidato em 2003 e iniciou conversas formais em 2009, ainda não concluídas.
Montenegro, Sérvia, Bósnia e Macedônia do Norte também aguardam na fila, com impaciência crescente.
A Hungria, que assume a presidência rotativa da UE no dia 1º de julho, já anunciou que não pretende realizar novos diálogos com a Ucrânia neste semestre.
* AFP