O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, culpou o grupo terrorista Hamas pelos impasses nas negociações para um cessar-fogo.
— Não é Israel quem está impedindo o acordo — disse Netanyahu em discurso feito em seu gabinete e transmitido pela televisão local.
Netanyahu afirmou que, apesar da forte pressão internacional sobre Israel para concordar com um cessar-fogo, Israel só o faria se os reféns fossem libertados.
— O Hamas espera que a pressão externa faça com que Israel se submeta a exigências extremas. Isto não acontecerá. Israel está pronto para um acordo. Israel não está pronto para a rendição — rebateu.
O Hamas, por sua vez, acusa o governo israelense de não se comprometer com um acordo. O conflito entre Israel e Hamas completou seis meses no domingo (7), data em que as negociações para o cessar-fogo foram retomadas no Egito. A delegação israelense recebeu uma orientação para ser mais flexível em todas as questões relacionadas às negociações, incluindo o regresso de civis ao norte de Gaza, de acordo com um responsável israelita familiarizado com as negociações.
Netanyahu destacou, no seu discurso, que o Exército israelense matou "um número significativo" de terroristas do Hamas.
— Jamais esqueceremos os crimes terríveis dos monstros do Hamas, que ainda mantém 133 dos nossos irmãos e irmãs sequestrados, e somos obrigados a trazer todos para casa. Comuniquei à comunidade internacional que não haverá cessar-fogo sem o retorno dos sequestrados, isso simplesmente não acontecerá — defendeu o primeiro-ministro israelense, classificando a posição como a "política do governo".
O primeiro-ministro voltou a falar também em "completar a eliminação" do Hamas em toda a Faixa de Gaza e acusou países do Oriente Médio, como Irã e Síria, de se aliarem aos ataques, além do grupo extremista no Líbano Hezbollah.
— Nossa guerra está em pleno andamento nas últimas 24 horas. Precisamos nos unir para repelir os ataques. Este é o momento da unidade, mas precisamente neste momento, uma minoria extrema e violenta tenta arrastar o país para a divisão — criticou o primeiro-ministro em meio às críticas recentes e à queda na sua aprovação.