Donald Trump e Joe Biden foram os escolhidos pelos eleitores em relação aos demais concorrentes na chamada "Superterça", ocorrida nesta terça-feira (5). Conforme projeção de veículos de comunicação do país, Trump venceu pelos republicanos em 14 Estados e Biden disparou na frente pelos democratas em 15 Estados.
A data é crucial no calendário das primárias presidenciais nos Estados Unidos, quando vários Estados votam simultaneamente nos pré-candidatos às eleições.
Após esta terça, portanto, o republicano Donald Trump e o democrata Joe Biden estão muito próximos de serem confirmados como candidatos de seus partidos para as eleições presidenciais de novembro.
As votações ocorreram em 15 Estados e um território (veja abaixo). Dezenas de milhões de americanos foram convocados às urnas, desde o Estado de Maine, no extremo nordeste dos Estados Unidos, até a Califórnia, na Costa Oeste, passando pelo Texas, no Sul, e até a Samoa Americana, um pequeno território no Pacífico. Alabama, Arkansas, Colorado, Massachusetts, Minnesota, Carolina do Norte, Oklahoma, Tennessee, Utah, Vermont e Virgínia também votaram.
Das localidades que votaram nesta terça, Biden não foi o escolhido apenas no território de Samoa Americana, que optou por outro candidato democrata: Jason Palmer.
O adversário, Trump, teve 14 vitórias. A exceção é o Estado de Vermont, onde a pré-candidata Nikki Haley conquistou as primárias republicanas.
Disputas
Antes mesmo de a apuração terminar, quando as votações em 11 Estados haviam sido apuradas, de acordo com meios de comunicação locais, Trump discursou, classificando a "Superterça" como "incrível".
— Tem sido uma noite e um dia incríveis. Foi um período incrível na história do nosso país — disse ele a seguidores, reunidos em sua mansão em Mar-a-Lago, na Flórida, em celebração ao sucesso na data.
— Isso é algo grande. Especialistas e outros me dizem que nunca houve nada parecido, nunca houve algo tão decisivo — completou.
Nas redes sociais, Biden escreveu: "Hoje, milhões de eleitores em todo o país fizeram ouvir as suas vozes — mostrando que estão prontos para lutar contra o plano extremo de Donald Trump para nos fazer retroceder". Na postagem, disse ainda: "Cada geração de americanos enfrentará um momento em que terá de defender a democracia. Esta é a nossa luta".
Em comunicado divulgado por sua equipe de campanha, Biden afirmou ainda que Trump "está determinado a destruir a nossa democracia, arrancar liberdades fundamentais como a capacidade das mulheres de tomarem as suas próprias decisões sobre atenção médica e a aprovar outra ronda de milhares de milhões de dólares em cortes de impostos para os ricos, e ele fará ou dirá qualquer coisa para alcançar o poder".
Biden não possuía adversários fortes, que ameaçassem sua nomeação, algo comum para um presidente em final de mandato. Já Trump tem uma única concorrente, a ex-governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley.