Parlamento da Hungria ratificou, nesta segunda-feira (26), a adesão da Suécia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). O país nórdico se candidatou a integrar a aliança militar após a invasão da Ucrânia pela Rússia, há dois anos. Os legisladores húngaros aprovaram a adesão da Suécia à Otan por uma maioria contundente de 188 votos a favor e 6 contra.
Com essa medida, as discussões sobre a Otan cresceram, assim como o seu propósito e significado. Confira a seguir quatro perguntas e respostas, preparadas por GZH, sobre a aliança militar:
O que é a Otan?
A aliança de defesa mútua foi estabelecida em 1949, após a Segunda Guerra Mundial. O tratado que dá nome à aliança tem 14 artigos que todos os membros devem cumprir. O mais importante é o Artigo 5, que declara que um ataque contra um estado membro é um ataque contra todos eles.
Quem são os membros?
Além dos Estados Unidos e do Canadá, os países que passaram a fazer parte em 1949 foram Bélgica, Grã-Bretanha, Dinamarca, França, Islândia, Itália, Luxemburgo, Holanda, Noruega e Portugal.
Desde então, aderiram Albânia, Bulgária, Croácia, República Tcheca, Estônia, Alemanha, Grécia, Hungria, Letônia, Lituânia, Montenegro, Macedónia do Norte, Polônia, Turquia, Romênia, Eslováquia, Eslovénia, Espanha e, mais recentemente, Finlândia e Suécia.
O que mudou com a invasão da Ucrânia?
A invasão devolveu protagonismo à Otan. Embora a aliança não forneça ajuda militar diretamente à Ucrânia, os países membros enviaram dezenas de bilhões de dólares em equipamentos, liderados pelos Estados Unidos, o maior doador geral.
Por que a Suécia entrou agora e o que isso representa?
Após a invasão da Ucrânia, tanto a Suécia como a Finlândia decidiram abandonar a neutralidade histórica pela garantia de segurança e buscar proteção na aliança. A adesão sueca é estratégica para a Otan devido à posição geográfica do país: praticamente toda a costa do mar Báltico fará parte do território da aliança, o que significa mais controle sobre essa região e mais proteção aos países bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia) em um eventual ataque russo. Além disso, o país deve contribuir com submarinos de ponta adaptados às condições do mar Báltico e uma frota considerável de caças Gripen.