Após três dias de discussões, nesta sexta-feira (2), a Câmara de Deputados da Argentina aprovou, com 144 votos a favor e 109 contrários, o projeto de "lei ônibus", um conjunto de medidas proposto pelo presidente Javier Milei. A iniciativa concentra o poder no Executivo, modifica a distribuição de impostos e introduz alterações significativas em áreas como endividamento e tributação. As informações são do portal g1.
Instantes antes da votação em plenário, a presidência emitiu um comunicado no qual expressou que chegou o momento "dos representantes do povo decidirem se estão do lado das liberdades dos argentinos ou do lado dos privilégios da casta e da república corporativista".
A maior parte do texto original foi descartada ou modificada, e apesar da aprovação na votação, esta se refere aos termos gerais, visto que debates adicionais sobre os artigos ainda estão pendentes. As partes mais controversas do projeto serão objeto de futuras discussões.
Imediatamente após a votação, a sessão foi encerrada e está programada para ser retomada na terça-feira (6).
Durante a análise de cada artigo, o governo buscará persuadir os membros da oposição dispostos ao diálogo a votarem em questões mais controversas, tais como a centralização de poder, privatizações, alterações no conceito de legítima defesa e a capacidade da Argentina contrair dívidas sem a aprovação do Congresso.
Após ser aprovada pela Câmara dos Deputados, a legislação será encaminhada para o Senado.