No próximo domingo (22), os argentinos vão às urnas para o primeiro turno das eleições presidenciais. Cinco candidatos permanecem na disputa, após as primárias abertas realizadas em agosto. São eles: Javier Milei, da coligação La Libertad Avanza, Sergio Massa, do partido Unión por la Patria, Patricia Bullrich, da coligação Juntos por el Cambio, Juan Schiaretti, do Hacemos por Nuestro País, e Myriam Bregman, da Frente de Izquierda y de Trabajadores – Unidad.
Diferentemente do Brasil, na Argentina, antes do primeiro turno, é realizado o chamado Paso, ou seja, as Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias. Nessa etapa, instituída em 2009, os eleitores de 17 a 70 anos são obrigados a escolher entre os candidatos de cada coligação. Os que não atingem 1,5% dos votos ficam de fora da disputa.
Ao longo do Paso, os partidos e coligações estão autorizados a apresentarem mais de uma opção. Permanece apenas a mais votada. Por essa razão, o candidato Juan Grabois, do mesmo espectro de Sergio Massa, e o prefeito de Buenos Aires, Horacio Larreta, da mesma coligação de Patricia Bullrich, ficaram de fora do pleito.
Como acontece o primeiro?
No quarto domingo do mês de outubro — em 2023, o próximo domingo (23) — é realizado o primeiro turno. Lá se chamam eleições gerais e definem também os representantes do parlamento, ou seja, os deputados e senadores.
O candidato à presidência que obtiver 40% dos votos com diferença de 10 pontos percentuais para os demais concorrentes é eleito.
Exemplo: Se Javier Milei (que teve 30% dos votos nas prévias) conseguir 40% dos votos no primeiro turno e Sergio Massa (que obteve 21,4% nas prévias) avançar aos 29,9% no primeiro turno, Milei será o novo presidente da Argentina já no próximo domingo.
Da mesma forma, é eleito, sem necessidade de segundo turno, o candidato que obtiver 45% dos votos validos.
Exemplo: Caso Milei obtenha 45% dos votos, mesmo que Massa ou Bullrich tenham 44%, Milei será o novo presidente da Argentina.
Caso nenhum dos candidatos chegue a 45% dos votos ou a 40% com 10 pontos percentuais a mais do que os outros concorrentes, ocorre o segundo turno. A disputa acontece 30 dias depois do primeiro. Em 2023, se houver necessidade, está marcado para 19 de novembro. O candidato mais votado é eleito presidente do país.