Pelo menos 263.934 pessoas foram obrigadas a abandonar as suas casas na Faixa de Gaza devido aos fortes bombardeios israelenses por vias aérea, terrestre e marítima. A informação foi divulgada pelo Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha, na sigla em inglês) na noite desta terça-feira (10). A entidade alertou que o número ainda deverá aumentar.
O Ocha também afirmou que cerca de 3 mil pessoas foram deslocadas "devido a escaladas anteriores" à de sábado.
Conforme os balanços mais recentes, cerca de 1,2 mil pessoas morreram em Israel no que é considerado o pior ataque da história do país, enquanto as autoridades de Gaza relataram em torno de 900 mortos. Israel também afirmou ter encontrado cerca de 1,5 mil combatentes do Hamas mortos.
Os bombardeios destruíram mais de mil casas e 560 ficaram inabitáveis por conta dos danos, segundo o escritório da Organização das Nações Unidas (ONU), citando autoridades palestinas.
Entre os deslocados, cerca de 175,5 mil pessoas foram alojadas em 88 escolas geridas pela agência da ONU que apoia refugiados palestinos. Mais de 14,5 mil foram instaladas em 12 escolas públicas, enquanto quase 74 mil estariam com familiares e vizinhos ou alojados em igrejas e outros locais.
O número de pessoas deslocadas dentro de Gaza "representa o maior número de pessoas deslocadas desde a escalada de hostilidades de 50 dias em 2014", disse o Ocha.
Israel impôs um cerco total à Faixa de Gaza que impede a entrada de alimentos, água, combustível e eletricidade.