Oito soldados sírios morreram e sete ficaram feridos em bombardeios israelenses contra suas posições no sul da Síria, anunciou a imprensa estatal nesta quarta-feira (25).
Israel anunciou que bombardeou a região em resposta a disparos procedentes da Síria, em um contexto de grande tensão pelo conflito entre o Estado hebreu e o movimento islamista palestino Hamas na Faixa de Gaza.
"Por volta de 1h45 (19h45 de Brasília, terça-feira), o inimigo israelense executou uma agressão aérea a partir do Golã ocupado contra posições do Exército sírio na província de Deraa", afirmou uma fonte militar citada pela imprensa oficial síria.
Os bombardeios deixaram "oito mortos e sete feridos, assim como danos materiais", acrescentou a mesma fonte.
Em um comunicado divulgado previamente, o Exército israelense informou que seus aviões de combate "atingiram infraestruturas militares e lançadores de morteiros pertencentes ao Exército sírio, em resposta aos disparos contra Israel ontem (terça-feira)".
A ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) informou que os bombardeios israelenses "destruíram depósitos de armas e um radar da defesa antiaérea síria". A organização citou 11 mortos, incluindo quatro oficiais.
Na noite de terça-feira, o OSDH disse que "combatentes ligados" ao movimento xiita libanês Hezbollah, aliado da Síria, lançaram "dois foguetes na direção do Golã", um planalto sírio ocupado, em grande parte, por Israel, desde 1967.
Nos últimos dias foram registrados disparos similares da Síria em direção à parte do Golã ocupada por Israel, duas vezes, desde 7 de outubro, quando o ataque surpresa do Hamas desencadeou a atual guerra com o Estado judeu.
Israel tem atacado regularmente posições na Síria, embora haja o temor de que o conflito se espalhe para esse país e, sobretudo, o Líbano, onde o Hezbollah opera.
No domingo (22), os ataques israelenses deixaram fora de serviço os dois aeroportos mais importantes da Síria: o de Damasco e o de Aleppo. Segundo a imprensa oficial síria, duas pessoas morreram.
Na tarde desta quarta-feira, Israel voltou a atacar o aeroporto de Aleppo, segundo o Ministério sírio da Defesa, que disse que o ataque partiu do Mediterrâneo. É o quarto em apenas duas semanas.
Segundo Suleiman Jalil, uma autoridade do Ministério sírio dos Transportes, o ataque deixou o aeroporto fora de serviço.
* AFP