O Equador fechou as urnas e deu início à contagem oficial dos votos das eleições presidenciais antecipadas, no fim da tarde de domingo (20), em um dia de votação marcado pelo medo dos cidadãos e um forte destacamento policial e militar, diante da onda crescente de violência no país. Fernando Villavicencio, um dos candidatos, foi morto no dia 9 de agosto, e Pedro Briones, líder do partido de Luísa González e do ex-presidente Rafael Correa, foi assassinado no dia 14.
Até as 5h40min de Brasília (3h40min em Quito, capital do país), já desta segunda-feira (21), 91% das urnas haviam sido apuradas, indicando um possível segundo turno entre Luisa González, do Movimento Político Revolução Cidadã, e Daniel Noboa, da Ação Democrática Nacional.
Resultados da eleição do Equador até as 5h40min
- Luisa González: 33,27%
- Daniel Noboa: 23,69%
- Christian Zurita (substituiu Fernando Villavicencio, assassinado em 9 de agosto): 16,51%
- Jan Topic: 14,69%
- Otto Sonnenholzner: 7,06%
- Yaku Pérez: 3,93%
- Xavier Hervas: 0,49%
- Bolívar Armijos: 0,36%
A presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Diana Atamint, disse à imprensa à tarde que o processo decorreu normalmente.
— Sem qualquer incidência de violência, o que festejamos — declarou.
Ela reconheceu que houve dificuldades com a votação pela internet, especialmente para os equatorianos na Europa, que foram superadas.
Para vencer em um único turno, o candidato deve atingir 40% dos votos válidos com uma distância de 10 pontos sobre seu rival imediato. Um eventual segundo turno das eleições ocorrerá em 15 de outubro e o novo governante assumirá o cargo em 30 de novembro.