A Polônia enviará 2.000 soldados adicionais para reforçar a segurança em sua fronteira leste com Belarus, disse o vice-ministro do Interior, Maciej Wasik, nesta quarta-feira (9).
Recentemente, o governo polonês advertiu sobre as provocações de Belarus e os riscos da presença do grupo de mercenários russos Wagner no país.
Varsóvia também acusou Minsk e Moscou de organizarem um novo fluxo recorde de migrantes para a União Europeia (UE) para desestabilizar a região.
Para conter essas inúmeras tentativas de travessia, os guardas de fronteira poloneses solicitaram o destacamento de 1.000 soldados no início da semana.
"Não será um reforço de 1.000 soldados, mas de 2.000", disse Wasik à agência PAP nesta quarta.
O plano prevê que as tropas sejam destacadas em duas semanas e que se somem aos 2.000 agentes já estacionados na fronteira com Belarus, um dos limites a leste da UE.
Wasik acrescentou que todas as tentativas de entrada irregular na Polônia por esta via foram organizadas pelos serviços bielorrussos.
"Se tivéssemos verdadeiros guardas de fronteira do outro lado, e não grupos de contrabandistas, esses ingressos não existiriam", declarou Wasik.
Segundo os agentes poloneses, 19.000 migrantes tentaram entrar na Polônia desde o início do ano, ante 16.000 em todo o ano de 2022. No mês passado, mais de 4.000 migrantes tentaram cruzar a fronteira polonesa.
* AFP