O pastor belga Wilson, de seis anos, desapareceu durante operações de busca por crianças indígenas perdidas na selva amazônica colombiana. O cão farejador do Exército integrava as equipes de resgate que procuravam pelas quatro crianças indígenas perdidas após acidente aéreo ocorrido 40 dias atrás.
Havia a esperança de que Wilson estivesse com os irmãos, encontrados nesta sexta-feira (10), em San José del Guaviare, mas não estava.
O cachorro foi fundamental para localizar as crianças. Graças a ele, chegou-se a um abrigo improvisado na floresta que os irmãos — três meninas e um menino de 13, nove, quatro e um ano — haviam utilizado em algum momento da jornada.
A suposição é de que Wilson tenha se perdido quando depois de encontrar os irmãos porque havia uma pegada de animal próxima à de uma das crianças.
Crianças encontradas estão hospitalizadas
As quatro crianças indígenas que foram resgatadas com vida em San José del Guaviare, na Amazônia colombiana, 40 dias após um acidente aéreo, foram levadas, em avião hospitalar, a Bogotá, capital do país. Na madrugada deste sábado (10), elas chegaram ao Comando Aéreo de Transporte Militar, de onde seguiram, em ambulâncias, para o Hospital Militar.
Detalhes do estado de saúde dos irmãos de 13, nove, quatro e um ano — três meninas e um menino — ainda não foram divulgados. Eles sobreviveram ao impacto da queda de um Cessna 206 que partira de Araracuara. Morreram os três adultos que embarcaram na aeronave, incluindo o piloto e a mãe das crianças, e os corpos foram encontrados no local do acidente.
Equipes de busca vinham procurando pelos irmãos, incessantemente, desde então, utilizando aviões, helicópteros e cães farejadores. A operação recebeu o nome de Esperança. Pistas como cascas de frutas, pegadas e abrigos improvisados mantinham a confiança de que o grupo havia sobrevivido e se deslocava pela densa floresta. O encontro emocionou os envolvidos, que o descreveram como um milagre.
— Fizemos o necessário para tornar possível o impossível — declarou o general Pedro Sánchez Suárez, comandante do Comando Conjunto de Operações Especiais da Colômbia, ao jornal El Tiempo.
No trajeto aéreo até Bogotá, na companhia do pai e de um dos avós, as crianças receberam hidratação e foram avaliadas por pediatras. O tratamento, que inclui assistência psicológica, prosseguirá no hospital.