As autoridades ucranianas informaram que 35 pessoas, incluindo sete crianças, estão desaparecidas desde as inundações provocadas pela destruição da represa de Kakhovka. O procurador-geral Andrii Kostin qualificou a situação como "a pior catástrofe ambiental desde Chernobyl".
Localizada em uma zona controlada pela Rússia, a represa foi destruída na última terça-feira (6), obrigando milhares de pessoas a fugirem de suas casas e desencadeando o temor de uma catástrofe humanitária e ambiental maior. A Ucrânia acusa a Rússia de ter detonado explosivos neste reservatório localizado no rio Dnipro, mas os russos afirmam que foram os ucranianos que atacaram a estrutura com artilharia.
Conforme o Ministro de Interior da Ucrânia, Igor Klymenko, as inundações deixaram cinco mortos em Kherson e uma vítima fatal em Mykolaiv. Ao todo, 3,7 mil pessoas foram retiradas de suas casas, acrescentou ele, em um comunicado.
Em Kherson, que é a maior cidade próxima à barragem de Kakhovka, a água começou a baixar, e os habitantes começaram a voltar para suas casas para avaliar os danos, relatou um correspondente da AFP.
O escritório do procurador-geral informou que ele e representantes do Tribunal Penal Internacional (TPI) visitaram as áreas inundadas. "Estamos investigando não apenas como um crime de guerra, mas também como um ecocídio", afirmou Kostin em uma nota, referindo-se ao acidente da central nuclear de Chernobyl, em 1986.