Um total de 238 pessoas foram detidas e 31 policiais ficaram feridos nos confrontos entre as forças de segurança e os partidários da oposição no Quênia, nos primeiros grandes distúrbios no país africano desde a posse do presidente William Ruto.
A polícia anunciou que as mobilizações de segunda-feira, convocadas pelo líder da oposição, Raila Odinga, para protestar contra a inflação e o governo terminaram com 213 pessoas detidas na capital, Nairóbi, e 25 no oeste do país, reduto da oposição.
Também de acordo com a polícia, 31 integrantes das forças de segurança ficaram feridos.
Nos protestos, um estudante foi morto pela polícia em Maseno, oeste do país.
Estes foram os primeiros distúrbios graves desde a chegada ao poder de Ruto, que venceu eleições presidenciais muito acirradas em agosto do ano passado.
O rival Odinga continua afirmando que o governo de Ruto é "ilegal".
O recurso apresentado pelo líder opositor - que disputou a presidência pela quinta vez - contra os resultados das eleições foi rejeitado pela Suprema Corte.
Na segunda-feira, Odinga pediu aos seguidores que prossigam com as manifestações.
Além da inflação, o Quênia registrou uma desvalorização brutal de sua moeda, o xelim, e enfrenta uma seca histórica que deixou milhões de pessoas à beira da fome.
* AFP