O governo da Nova Zelândia mobilizou navios militares e helicópteros nesta quinta-feira (15) para levar água, alimentos e combustíveis às cidades isoladas após a passagem do ciclone Gabrielle, ao mesmo tempo que as autoridades pediram ajuda internacional para enfrentar o impacto da tragédia.
Cinco pessoas morreram, 100 estão desaparecidas e 10.500 ficaram desabrigadas pelo ciclone que paralisou a populosa Ilha Norte do país.
Quatro dias de fortes ventos e chuvas provocaram deslizamentos de terra e inundações que danificaram as estradas da ilha, provocaram apagões e derrubaram torres de telefonia celular.
Nesta quinta-feira, a cidade de Napier, na costa leste, ficou mais uma vez isolada depois que especialistas detectaram danos na ponte que liga seus 65.000 habitantes ao restante do país.
As autoridades pediram aos moradores isolados que limitem o uso de água e que não saiam de casa, apenas em casos considerados "absolutamente essenciais".
Os postos de gasolina da cidade têm faixas com o aviso "não há combustível", exceto para os serviços de emergência.
O primeiro-ministro Chris Hipkins alertou os neozelandeses para uma longa e difícil recuperação. Algumas áreas devem ficar sem energia elétrica por várias semanas.
O governo inicialmente descartou a ajuda dos Estados Unidos e de outros países, mas posteriormente declarou que aceitava as "ofertas de ajuda internacional".
As Forças de Defesa da Nova Zelândia enviaram dois grandes navios e um avião de transporte C-130 Hercules para entregar milhares de litros de água e estações de tratamento de água às regiões afetadas.
Helicópteros NH90 transportaram suprimentos e resgataram centenas de pessoas isoladas nos telhados de suas casas.
* AFP