O fundo soberano da Noruega, o maior do mundo com 1,35 trilhão de dólares, se desvinculou por completo do conglomerado indiano Adani, acusado de fraude e manipulação de ações.
Este fundo, com o objetivo de rentabilizar os lucros do petróleo e gás norueguês, detinha no final de 2022 cerca de 200 milhões de dólares em ações de diversas empresas deste grupo propriedade do magnata Gautam Adani.
"Desde o final do ano (...), reduzimos significativamente nossa exposição às empresas Adani", disse Christopher Wright, diretor de monitoramento de riscos ambientais, sociais e de governança do fundo.
"Portanto, atualmente, para todos os efeitos, não temos nenhuma exposição" ao conglomerado, acrescentou, sem dar mais detalhes, durante a apresentação de um relatório anual de ética.
Entre 2014 e 2023, o fundo já havia se desvinculado de seis subsidiárias do conglomerado Adani, principalmente por questões ambientais, como o desmatamento e a emissão de gases de efeito estufa.
O império do magnata indiano, até recentemente o homem mais rico da Ásia, ficou imerso em um escândalo após a publicação de um relatório em 24 de janeiro pela empresa americana Hindenburg Research, que o acusava de "manipulação de preços de ações" e "fraude".
Essas acusações provocaram o colapso do seu valor na Bolsa, que chegou a perder cerca de 120 bilhões de dólares antes de começar a se recuperar nos últimos dias.
* AFP