A Ucrânia pediu, nesta segunda-feira (26), que a Rússia seja excluída das Nações Unidas. A demanda, contudo, não tem perspectivas de sucesso, já que o governo de Moscou tem direito a veto no Conselho de Segurança, órgão do qual é membro permanente.
A Rússia é um dos cinco membros fixos do conselho, ao lado de Reino Unido, França, China e Estados Unidos. O poder de veto permite que os membros permanentes bloqueiem qualquer resolução proposta, o que deixa a atuação do organismo mais restrita.
"A Ucrânia pede aos Estados-membros da ONU (...) que privem a Federação Russa de seu 'status' de membro permanente do Conselho de Segurança da ONU e que a excluam da ONU em seu conjunto", afirmou o ministério ucraniano das Relações Exteriores em um comunicado.
Também nesta segunda-feira, ao menos três pessoas morreram em um ataque de drone ucraniano contra uma base aérea no sul da Rússia. Segundo agências de notícias russas, a defesa do país derrubou o drone dos ucranianos que se aproximava da base aérea de Engels, na região de Saratov.
"Como resultado da queda dos destroços do drone, três oficiais técnicos russos que estavam na base aérea sofreram ferimentos fatais", informou a a agência TASS, citando o ministério da Defesa russo.
Após 10 meses de conflito, o presidente russo, Vladimir Putin, buscou novamente justificar no domingo (25) a ofensiva militar na Ucrânia, declarando que seu objetivo é "unir o povo russo".
— Tudo se baseia na política dos nossos adversários geopolíticos, que pretendem dividir a Rússia, a Rússia histórica — afirmou Putin em uma entrevista exibida na televisão estatal do país.
O chefe de Estado utiliza o conceito de "Rússia histórica" como justificativa para a intervenção militar na Ucrânia, que teria a meta de unir os ucranianos e os russos, que segundo Putin são apenas um povo.
— Estamos agindo na direção correta, estamos protegendo nossos interesses nacionais, os interesses de nossos cidadãos, de nosso povo — insistiu o líder russo.