O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quarta-feira (16) pelo horário local de Bali, noite de terça no Brasil, que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) irá descobrir "exatamente o que aconteceu" na Polônia, mas adiantou que informações preliminares indicam ser "improvável" que o míssil que caiu no país tenha sido disparado "da Rússia". A declaração foi dada após um encontro com líderes aliados.
— Eu não quero afirmar isso antes de a investigação ser concluída, mas pela trajetória do míssil é pouco provável que ele tenha sido disparado da Rússia — afirmou Biden à imprensa na ilha indonésia de Bali, onde os líderes do G20 realizam uma cúpula. — Vou garantir que descobriremos exatamente o que aconteceu — acrescentou.
Por outro lado, o governo polonês indicou que "um projétil de fabricação russa" caiu em seu território "matando dois cidadãos" poloneses e informou que o embaixador russo em Varsóvia foi convocado para dar "explicações detalhadas" sobre o ocorrido.
A Otan também convocou uma reunião de emergência com embaixadores da aliança militar transatlântica sobre as explosões na Polônia, um país-membro, ocorridas durante bombardeios russos à Ucrânia. A situação acontece em meio à cúpula do G20 na Indonésia, mobilizando também os líderes das principais economias mundiais.
A Polônia decidiu "aumentar o nível de alerta de algumas unidades de combate", anunciou o porta-voz do governo, Piotr Müller, após uma reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional. Segundo a mídia polonesa, a explosão ocorreu na cidade de Przewodow, a poucos quilômetros da fronteira ucraniana.