Ao menos 92 pessoas morreram no Irã na repressão das manifestações que começaram há duas semanas, após a morte da jovem Mahsa Amini, detida pela polícia da moral. A informação é da ONG Iran Human Rights (IHR), neste domingo (2).
A organização registrou 41 pessoas mortas em confrontos na sexta-feira (30) em Zahedan, sudeste do Irã, em uma região de fronteira com Afeganistão e Paquistão, com base em informações de fontes locais, mas não está claro até que ponto estes incidentes estão relacionados com a morte de Amini.
— A comunidade internacional tem o direito de investigar e de impedir que outros crimes sejam cometidos pela República Islâmica do Irã — declarou Mahmud Amiry-Moghaddam, diretor da IHR, que tem sede na Noruega.
Amini, uma curda iraniana de 22 anos, morreu depois de ser detida pela polícia da moral, supostamente por não utilizar o véu da maneira como exige o rígido código de vestimenta das mulheres na República Islâmica.
A morte da jovem provocou uma onda de protestos no país. A questão feminina intensificou os conflitos na região e os problemas relacionados aos direitos humanos, violados fortemente.