Três membros de um grupo armado centro-africano foram condenados a penas de entre 20 anos de prisão a prisão perpétua por "crimes contra a humanidade", na primeira sentença do Tribunal Penal Especial, que investiga as atrocidades cometidas após nove anos de guerra civil no país.
Issa Sallet Adoum, Ousman Yaouba e Tahir Mahamat, membros de um dos grupos armados mais poderosos do país, foram declarados culpados, entre outros, por "assassinato", "atos desumanos" e "tratamento humilhante e degradante".
O primeiro foi condenado à prisão perpétua, e os outros dois, a 20 anos de prisão por "crimes contra a humanidade" e "crimes de guerra".
O grupo armado ao qual pertencem, chamado 3R (Retorno, Reivindicação e Reabilitação), aterroriza a população há anos e foi acusado de massacrar 46 civis em três povoados do noroeste do país, em 21 de maio de 2019.
Grande parte do território da República Centro-Africana, que segundo a ONU tem o menor índice de desenvolvimento do mundo, é controlado por grupos rebeldes. O país é palco de uma sangrenta guerra civil desde 2013, deflagrada após um golpe de Estado que derrubou o presidente François Bozizé.
* AFP