Autoridades norte-americanas informaram nesta quarta-feira (3) que a Agência Central de Inteligência (CIA) pode ter utilizado dois mísseis não explosivos e com lâminas para atingir Ayman al-Zawahiri, líder da Al-Qaeda, que foi morto no sábado (30). As informações são do G1.
De acordo com especialistas, os projéteis utilizados são mísseis inspirados no modelo Hellfire, que sofreram algumas modificações. Entre as principais mudanças está o fato de que esses artefatos não explodem porque não possuem ogivas para detonação, e cada um conta com seis lâminas afiadas, que têm como objetivo fatiar o alvo.
Os mísseis modificados, que receberam o nome de R9X, atingiram apenas o líder da Al Qaeda, segundo as autoridades. No momento do ataque, Zawahiri estava na varanda de uma casa, localizada no centro de Cabul, no Afeganistão.
Um funcionário do alto escalão do governo informou a veículos locais que os projéteis foram disparados de um drone.
Autoria do ataque
O presidente norte-americano Joe Biden confirmou na segunda-feira ( 1º ), em pronunciamento realizado a emissoras de televisão do país, que o governo era o responsável pelo ataque contra o líder da Al-Qaeda.
— No último sábado, sob minhas ordens, os Estados Unidos realizaram um ataque aéreo sobre Cabul, que matou o emir da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri — disse o chefe do Executivo direto da Casa Branca.
Biden ainda afirmou que "a Justiça havia sido feita" e que "esse líder terrorista não existia mais". Com relação à operação, o presidente garantiu que nenhum civil foi morto ou ferido.
Quem era Ayman al-Zawahiri
Ayman al-Zawahiri era considerado como um dos terroristas mais procurados no mundo. Os Estados Unidos chegaram a oferecer a recompensa de US$ 25 milhões (R$ 131,5 milhões) em troca de qualquer informação sobre o líder da Al-Qaeda.
Segundo as autoridades norte-americanas, Zawahiri foi um dos responsáveis pelos atentados de 11 de setembro de 2001. Na época, cerca de 3 mil pessoas que trabalhavam no World Trade Center, em Nova York, morreram.