O custo de vida na Argentina registrou alta de 5,1% em maio e acumula um aumento de 29,3% desde janeiro, um dos indicadores inflacionários mais elevados do mundo, informou nesta terça-feira (14) o instituto oficial de estatísticas Indec.
O aumento chegou a 60,7% nos últimos 12 meses, um fenômeno que o governo do presidente Alberto Fernández atribui a desequilíbrios nos preços internacionais, agravados pela guerra na Ucrânia.
As cifras refletem uma leve desaceleração, após os índices de 6,7% em março e 6% em abril, mas sem sinais de que a tensão e o mal-estar social provocados pelo aumento do custo de vida possam ceder.
O último boletim divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) estima uma inflação anual de 51,7% em 2022, embora alguns veículos de imprensa apontem que esta projeção será revista nos próximos meses.
Uma projeção mais pessimista ainda sobre a inflação que a Argentina registrará este ano é o estimado em 72,6% no mais recente levantamento do Banco Central com os maiores bancos e consultorias de mercado.
Em 2021, os preços ao consumo subiram 50,9% no país.