A casa da indiana Maya Murmu, 70 anos, que foi morta ao ser pisoteada por um elefante em 8 de junho, foi destruída por uma manada desses animais durante o seu funeral, ocorrido no mesmo dia. Além da residência da idosa, outros três imóveis foram atingidos. As informações são do portal de notícias Times of India.
O caso de Maya gerou ampla repercussão internacional. Depois da morte da indiana, o mesmo elefante que a matou voltou ao funeral para pisotear o cadáver, que estava em uma pira funerária.
— Ficamos aterrorizados depois de testemunhar a manada de elefantes na quinta-feira à noite. Nunca tivemos um bando de elefantes tão feroz antes — contou um morador da vila Raipal, onde Maya vivia, ao Times of India.
As pessoas que estavam no funeral conseguiram fugir, deixando o corpo de Maya para trás. A cerimônia seguiu depois que a manada deixou o local. Ninguém ficou ferido.
De acordo com as autoridades, Maya estava em um poço coletando água, na vila Raipal, no distrito de Mayurbhanj, quando de repente surgiu uma manada de elefantes. A idosa tentou fugir, mas um dos animais veio em sua direção e a pisoteou. A vítima chegou a ser socorrida e encaminhada a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
Segundo a imprensa local, o elefante que atacou Maya teria saído do Santuário de Vida Selvagem Dalma, que fica a cerca de 160 quilômetros do Estado indiano de Odisha, onde ocorreu o caso.
Estado de Odisha
O Estado indiano de Odisha é um dos locais em que há maior número de mortes não naturais de elefantes. De acordo com dados fornecidos pelo chefe do guarda de vida selvagem do Estado, cerca de 1,35 mil animais desse tipo morreram na região desde 2000.
No local, também tem sido comum o ataque de elefantes. Segundo as autoridades locais, um dos motivos é o crescimento da atividade industrial da região, rica em minerais, que tem provocado a invasão humana em habitats naturais dos elefantes. Com isso, os animais selvagens são forçados a migrarem.