A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), propôs nesta quarta-feira (18) conceder uma ajuda adicional de até 9 bilhões de euros para sustentar as finanças da Ucrânia em meio à guerra com a Rússia.
O montante, que precisa ser aprovado pelos países que integram a UE, virá após um auxílio anterior de 1,2 bilhão de euros, num momento em que a UE e aliados ocidentais tentam ajudar o presidente Volodimir Zelensky a pagar dívidas e a continuar oferecendo serviços básicos aos ucranianos durante o conflito com os russos.
A ajuda da UE virá por meio de um pacote de assistência macrofinanceira, que normalmente é um empréstimo de longo prazo a juros baixos.
A presidente da comissão, Ursula von der Leyen, disse que a UE também vai começar a desenvolver um plano para a reconstrução da Ucrânia a longo prazo, que poderá custar ao menos US$ 500 bilhões, segundo cálculos de instituições internacionais.
Segundo Von der Leyen, a UE irá estabelecer uma plataforma de reconstrução em conjunto com o governo ucraniano para começar a traçar os planos.
Coordenação de investimentos na área da defesa
A UE divulgou também um comunicado que sinaliza maior coordenação entre os países na área de defesa. Na nota, a Comissão Europeia e o alto representante para política externa, Josep Borrell, anunciaram a criação de um instrumento que prevê a mobilização conjunta de despesas nas Forças Armadas.
"A agressão não provocada da Rússia contra a Ucrânia tem implicações significativas para a defesa europeia, o que está provocando um aumento das despesas militares dos Estados-Membros", afirma o texto.