O Partido Social-Democrata, que governa a Suécia, deu sinal verde neste domingo (15) à candidatura do país para ingresso na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o que permitirá que o Executivo apresente um pedido de adesão junto com a Finlândia.
Durante reunião extraordinária, a direção decidiu que o partido vai "colaborar em uma candidatura da Suécia à Otan", informaram os social-democratas em um comunicado que anuncia uma mudança em sua posição histórica.
O partido explica que é contrário à instalação de bases permanentes da Otan e de armas nucleares no território sueco, o que não é exigido para integrar a aliança.
Uma consulta interna revelou as divisões no partido, com vozes críticas que denunciaram o que consideram uma decisão precipitada, apenas para seguir o calendário da Finlândia.
A primeira-ministra sueca e líder do partido, Magdalena Andersson, concedeu entrevista coletiva em Estocolmo.
— Nossa política de não alinhamento militar de 200 anos serviu bem à Suécia, mas a questão é se este não alinhamento militar vai continuar servindo da mesma maneira — ressaltou.
Com a mudança de postura do partido, a maioria a favor da entrada na Otan está garantida no parlamento. A direita já era favorável à adesão e o partido de extrema-direita Democratas da Suécia (SD) afirmou que também é favorável se a iniciativa acontecer em conjunto com a Finlândia.
O governo da Finlândia anunciou neste domingo sua candidatura "histórica" de adesão à Otan, que será apresentada ao parlamento na segunda-feira (16).
A invasão da Ucrânia pela Rússia provocou um aumento considerável do apoio à Otan na opinião publica, tanto na Suécia como na Finlândia.