O papa Francisco adiou sua visita ao Líbano, inicialmente marcada para junho, por motivos de saúde, anunciou o ministro do turismo libanês, Walid Nassar, nesta segunda-feira (9).
"O Líbano recebeu uma carta do Vaticano informando oficialmente a decisão de adiar a visita planejada do papa ao Líbano", disse Nassar em um comunicado. As "visitas ao Exterior (...) foram adiadas por motivos de saúde", acrescentou.
A presidência libanesa anunciou em abril que havia sido informada da visita do papa Francisco ao Líbano em junho, sem que o Vaticano tivesse confirmado a viagem.
Por sua vez, a sala de imprensa da Santa Sé confirmou que "este projeto de viagem previsto não havia se materializado", sem dar uma razão, apesar de ter detalhado que o papa seguia com "a firme intenção" de ir ao Líbano em uma data posterior.
As visitas de Francisco à República Democrática do Congo e ao Sudão do Sul, previstas para entre 2 e 7 de julho, estão mantidas, garantiu à AFP uma fonte do Vaticano.
Francisco também manifestou, em abril, seu desejo de visitar o Canadá no fim de julho para expressar sua "proximidade" com os povos indígenas, no contexto dos casos de abusos em internatos católicos ocorridos no país norte-americano.
Francisco, 85 anos, sente dores no joelho e foi visto pela primeira vez em uma cadeira de rodas em um evento público na semana passada.
O pontífice também sofre com dores no quadril, que o fazem mancar, e foi submetido a uma delicada operação no cólon em julho de 2021, após a qual também teve de usar uma cadeira de rodas.
A visita do papa ao Líbano seria a terceira de um pontífice em exercício desde o fim da guerra civil em 1990. O Líbano, que tem uma das maiores comunidades cristãs do Oriente Médio, está mergulhado em uma profunda crise econômica e social desde 2019, e mais de 80% da população vive abaixo da linha de pobreza, segundo a ONU.
Francisco enviou mensagens de apoio ao Líbano nos últimos meses e indicou sua intenção de visitar o país em várias ocasiões.