O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) organizará na quinta-feira (12), a pedido da Ucrânia e com o apoio de quase 60 países, uma sessão extraordinária sobre "a deterioração da situação dos direitos humanos na Ucrânia" após a invasão russa.
"Hoje pedimos uma sessão especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU para examinar a deterioração da situação dos direitos humanos na Ucrânia", disse a embaixadora ucraniana na ONU, Yevheniia Filipenko, em um vídeo postado no Twitter.
Pouco depois, as Nações Unidas indicaram que a reunião ocorrerá em 12 de maio e especificou que o pedido de Kiev foi apoiado por 15 outros Estados-membros do Conselho, incluindo México, Japão, França, Estados Unidos, Gâmbia e Polônia, e por 36 países observadores, como Bulgária, Hungria, Suíça e Turquia.
"Juntos, estamos enviando outra mensagem forte a (Vladimir) Putin e seu grupo de criminosos de guerra: estão isolados como nunca antes", disse Filipenko.
No Twitter, a missão da Ucrânia na ONU pediu ao Conselho de Direitos Humanos que "atue em resposta às horríveis violações de direitos humanos e crimes de guerra cometidos pela Rússia na Ucrânia".
"Queremos que a ONU tome medidas concretas para combater as violações dos direitos humanos cometidas pela Rússia na Ucrânia e os crimes de guerra que comete diariamente contra o nosso povo", exigiu Filipenko.
A embaixadora solicitou que a Comissão de Investigação estude "os crimes cometidos pela Rússia em Bucha e em outras áreas libertadas".
Em março, o Conselho de Direitos Humanos adotou por maioria esmagadora uma resolução decidindo a criação de uma comissão internacional independente de inquérito.