A visita de bispos gaúchos ao papa Francisco, na última semana, foi carregada de referências ao Rio Grande do Sul. Como contou a colunista Babiana Mugnol, o pontífice foi presenteado com um sousplat de aço inox, produzido pela Tramontina.
Os gaúchos conhecem e se orgulham da empresa de Carlos Barbosa, mas o Papa não teria a obrigação de saber, afinal, a história da marca. Coube, então, ao padre Antonio Hoffmeister, gaúcho e que trabalha no Vaticano ao lado do Papa, explicar a importância da Tramontina e o quanto aquele presente era especial.
Hoffmeister é natural de Porto Alegre e atua na Seção de Língua Portuguesa da Secretaria de Estado, no Vaticano. Ao lado direito do Papa na foto, foi ele quem soprou a explicação sobre o presente e, afinal, quem era a Tramontina.
—Eu contei a ele que a Tramontina é uma empresa muito tradicional no Rio Grande do Sul e que gera um grande orgulho para os gaúchos. O santo Papa ficou muito feliz com a lembrança e também relembrou quando esteve no Rio Grande do Sul, na Serra, em Caxias do Sul — descreveu o padre Hoffmeister.
O encontro entre o Papa Francisco e 23 representantes de dioceses e arquidioceses do Rio Grande do Sul ocorreu na última quinta-feira (5). Mesmo com dificuldade de locomoção, causada por uma lesão no ligamento de um dos joelhos, o pontífice — que na mesma manhã teve aparição em cadeira de rodas — conversou com a comitiva de religiosos gaúchos durante cerca de duas horas.
A colunista Babiana Mugnol contou ainda que o presente especial para o Papa começou a ser planejado no início de abril e teve o design e gravuras desenvolvidos especialmente para presentear o representante maior da Igreja Católica.
Mas não foi só a bandeja que fez referência ao RS. Teve ainda: cuia de chimarrão, pacote de erva-mate e um enfeite com o mapa do Rio Grande do Sul pintado com as cores da bandeira gaúcha. Quanto ao mate, não foi necessária a explicação, já que o Papa é argentino e conhece bem a bebida típica.