Os habitantes do Turcomenistão votam neste sábado (12) para eleger um novo presidente, numa eleição cujo resultado não deixa dúvidas e que permitirá ao filho do atual líder assumir as rédeas deste país remoto e autoritário da Ásia Central.
A sucessão entre Gurbanguly Berdymujmedov e seu filho Serdar, 40, que ganhou destaque nos últimos anos, é um fato, apesar de haver oficialmente nove candidatos nas eleições.
Gubanguly Berdymujamedov, 64, governa sozinho desde que chegou ao poder em 2006, após a morte de seu antecessor Saparmurat Niazov, conhecido pela repressão brutal de qualquer forma de oposição.
Berdymukhamedov anunciou no mês passado que queria se aposentar, mas continuará a puxar as cordas do poder nos bastidores, especificamente como presidente do Senado.
As eleições no Turcomenistão, uma ex-república soviética de 6 milhões de pessoas, estão sendo realizadas tendo como pano de fundo a guerra na Ucrânia, mas a imprensa controlada pelo poder mal a menciona.
Serdar Berdymukhamedov ganhou destaque nos últimos anos como vice-ministro das Relações Exteriores e governador regional, antes de se tornar vice-ministro e membro do poderoso conselho de segurança do país no ano passado.
Serdar Berdymukhamedov chamou sua candidatura de "grande responsabilidade" e prometeu seguir os passos de seu pai.
A economia do país depende quase inteiramente da venda de gás natural, principalmente para a China, e sofreu muito com a desaceleração global devido à pandemia de coronavírus.
Os moradores de Ashjabat com quem a AFP conversou esperam reformas para abrir ainda mais o país, como o fim da proibição de compras em moeda estrangeira.
"Isso dificultou a vida das empresas que compram produtos e equipamentos no exterior", lamentou Guvantch Iliassov, empresário de 36 anos.
* AFP