Em discurso no Parlamento Europeu, por videoconferência, o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, pediu à União Europeia (UE), nesta terça-feira (1º), que prove que está com os ucranianos, diante à ampla ofensiva militar lançada pela Rússia contra seu país.
— A Europa será mais forte com a Ucrânia nela. Sem vocês, a Ucrânia estará sozinha. Provamos nossa força (...) Por isso, provem que estão do nosso lado, provem que não vão nos abandonar — declarou Zelensky.
O presidente ucraniano espera que a UE aceite a adesão imediata de seu país no bloco.
Os líderes do Parlamento e de outras instituições europeias estão prontos para conceder à Ucrânia o "status" de país "candidato" à adesão, mas uma filiação plena se antecipa como algo mais difícil de se aprovar.
A União Europeia está sob forte pressão para conceder proteção à Ucrânia. Tradicionalmente, porém, o processo de adesão ao bloco implica vários anos, em alguns casos quase uma década, de negociações e reformas internas.
Na segunda-feira, Zelensky assinou o pedido formal de adesão da Ucrânia à UE, mediante um "procedimento especial". No mesmo dia, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, admitiu que uma adesão imediata da Ucrânia gera "diferentes opiniões".
Macedônia do Norte, Sérvia, Montenegro e Albânia aguardam para serem aceitos na UE. A Turquia é candidata desde o final da década de 1980, negociações estas praticamente congeladas desde 2016.