O Conselho do Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou nesta quarta-feira (9) um financiamento emergencial de US$ 1,4 bilhão para a Ucrânia, a fim de ajudar o país, vítima de uma "enorme crise humanitária e econômica" causada pela invasão russa.
A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, declarou que o pacote fornecerá "apoio financeiro crítico" que, por sua vez, catalisará uma "mobilização em larga escala" de fundos necessários para "mitigar os impactos econômicos da guerra".
– A necessidade de financiamento é importante, urgente, e poderia aumentar consideravelmente à medida que a guerra persistir – afirmou.
Segundo Georgieva, a Ucrânia sofrerá uma "profunda recessão" este ano. Antes da guerra, o FMI calculava um crescimento da economia ucraniana de 3,6% para 2022.
A Ucrânia, um dos países mais pobres da Europa, já se beneficiava de um programa de ajuda do FMI. No entanto, este chamado acordo "de confirmação", que previa um desembolso de US$ 2,2 bilhões até o fim de junho, foi anulado a pedido das autoridades ucranianas.
A chefe do FMI destacou, ainda, que "a resposta política de emergência das autoridades ucranianas tem sido notável", acrescentando que a Ucrânia "tem se mantido em dia em todas as obrigações da dívida".
Duas semanas após o início da invasão russa da Ucrânia, são muito elevadas as perdas humanas e materiais causadas pelo conflito militar mais grave da Europa na atualidade, do qual mais de dois milhões de pessoas fugiram.