O Conselho Europeu concordou nesta quinta-feira (24) em medidas para impor "severas" consequências à Rússia pelo que chamou de "agressão militar não provocada e injustificada contra a Ucrânia". Em comunicado sobre as conclusões da reunião de líderes da União Europeia (UE), o documento aponta que as sanções atingirão os setores de transporte, finanças e energia russas. Além disso, as restrições irão envolver controles de exportações e política de vistos, também abrangendo indivíduos.
Segundo a publicação, a UE buscará coordenar suas sanções com parceiros a aliados. O comunicado diz ainda que o Conselho Europeu também condena a participação de Belarus nos ataques à Ucrânia, e que parte do pacote de medidas também será aplicado ao país.
A União Europeia reforça ainda o apoio à soberania e integridade territorial da Ucrânia, e pede que outras nações não reconheçam a independência das autoproclamadas regiões independentes de Donetsk e Luhansk, no leste do país.
O Conselho Europeu pede que a Rússia cesse imediatamente suas ações militares no território ucraniano, e que retire suas forças do terreno de forma incondicional. Além disso, o documento aponta que o bloco clama que a Rússia pare com ataques cibernéticos, assim como com campanhas de desinformação.
O Conselho Europeu também reforça que cada país deve ter direito a escolher seu próprio destino, em uma menção as escolhas de alinhamento da Ucrânia. Segundo o bloco, a Rússia será responsabilizada pelos danos que ocorrerem durante a incursão no território ucraniano.
Presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola afirmou que o órgão deseja que sejam adotadas "as sanções mais fortes possíveis" contra a Rússia no período da noite desta quinta. Haverá mais tarde uma reunião de chefes de Estado e governo, no Conselho Europeu, para discutir a investida militar russa contra a Ucrânia.
Metsola afirmou que a posição do Parlamento Europeu é de que "nenhuma agressão fique sem resposta", para lidar com a investida do presidente da Rússia, Vladimir Putin.