O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, anunciou nesta quinta-feira (24) sanções contra 58 pessoas e entidades russas em resposta à invasão da Ucrânia por Moscou, que descreveu como "uma enorme ameaça para a segurança e a paz em todo o mundo".
Em coletiva de imprensa, Trudeau fala sobre a temeridade do presidente russo, Vladimir Putin.
— À luz do ataque militar imprudente e perigoso da Rússia, estamos impondo mais sanções severas — disse.
As sanções visam membros da elite russa e suas famílias, o grupo Wagner, uma empresa militar privada, e os bancos russos, segundo o primeiro-ministro. Ele ainda acrescentou que o Canadá também estava estava cancelando as permissões de exportação para a Rússia.
Essas permissões representam cerca de 700 milhões de dólares canadenses (cerca de R$ 2,8 bilhões) em bens, principalmente nos setores aeroespacial, tecnologia da informação e mineração, segundo autoridades.
Ottawa também anunciou que transferiu seu pessoal diplomático na Ucrânia para a Polônia por razões de segurança.
— O desprezo descarado do presidente Putin pelo direito internacional, a democracia e a vida humana é uma enorme ameaça para a segurança e a paz em todo o mundo— disse Trudeau.
O primeiro-ministro prometeu "castigar a Rússia" e "responder com força" à sua violação das regras que regem a ordem mundial, assim como as da carta da ONU.
Em um telefonema com o presidente da Ucrânia, Volodomir Zelensky, momentos antes de fazer seu discurso televisionado em todo o país, Trudeau disse ter lhe prometido o apoio firme do Canadá à soberania e ao direito à autodeterminação da Ucrânia.
Nos últimos anos, Ottawa tem enviado treinadores militares à Ucrânia, que deram instrução a cerca de 35.000 soldados ucranianos, segundo a ministra da Defesa, Anita Anand. O Canadá abriga uma grande diáspora ucraniana, que supera o 1,3 milhão de pessoas.