Pelo menos 11 pessoas foram mortas em bombardeios russos em bairros residenciais de Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, situada na fronteira com a Rússia, anunciou o governador regional, Oleg Sinegoubov, nesta segunda-feira (28), dizendo temer "dezenas de mortes".
"O inimigo russo bombardeia bairros residenciais", escreveu o governador Sinegoubov nas redes sociais, acrescentando que, "por causa desses bombardeios, ainda em curso, não podemos chamar os serviços de socorro (...). Atualmente, há 11 mortos e dezenas de feridos".
"O que está acontecendo neste momento em Kharkiv é um crime de guerra!", declarou.
"É o genocídio do povo ucraniano", insistiu Sinegubov, que relatou disparos de "artilharia pesada".
"Dezenas de civis morreram, de dia, quando as pessoas vão à farmácia, vão fazer suas compras, vão buscar água", denunciou o governador e lembrou que, nos bairros atacados, não havia "posições das Forças Armadas" ucranianas.
No domingo (27), Sinegubov anunciou que a cidade de 1,4 milhão de habitantes do nordeste da Ucrânia estava sob "controle total" das forças ucranianas, horas depois de uma "incursão" russa e combates nas ruas.
Em sua conversa diária com a imprensa, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou, nesta segunda, que "os militares russos estão fazendo todo o possível" para "garantir a segurança dos civis" na Ucrânia.
— Observamos vários exemplos de grupos nacionalistas ucranianos usando a população civil como escudo humano — disse Peskov. — É inaceitável (...) criminoso.