A inflação voltou a subir no Reino Unido em novembro, a 5,1% em ritmo anual, o maior nível em mais de 10 anos, anunciou nesta quarta-feira (15) o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS) em um comunicado.
O índice já havia registrado forte alta em outubro, a 4,2%, contra 3,1% um mês antes.
O aumento dos preços ao consumidor em novembro é o mais expressivo desde setembro de 2011, quando atingiu 5,2%.
A alta é impulsionada pela disparada dos preços dos combustíveis, especialmente da gasolina, mas não apenas, destacou Grant Fitzner, economista-chefe do ONS.
Os aumentos de preços afetam "uma ampla gama" de categorias: roupas, alimentos, carros seminovos e impostos sobre o cigarro.
Os economistas alertam que a inflação prosseguirá em alta nos próximos meses.
A combinação de efeitos a pandemia e do Brexit, os problemas na cadeia de abastecimento "durante o período crucial de Natal, além da ampliação dos prazos de entrega, podem levar a inflação a 5,6% em dezembro" e esta pode superar 6% em abril, projeta Yael Selfin, economista da KPMG.
Neste contexto, os sindicatos, preocupados com a perda de poder aquisitivo, intensificam as duras negociações salariais e até as ameaças de greve e vários setores, da indústria automobilística até os supermercados e a limpeza urbana.