O Paquistão suspendeu a proibição de um partido político islâmico que promove uma violenta campanha contra a França, após negociações para pôr fim a meses de confrontos, às vezes mortais.
Em uma mensagem publicada na noite de domingo (7), o governo paquistanês garantiu ter tomado essa decisão pelo "interesse nacional" e pelos compromissos do Tehreek-e-Labbaik Pakistan (TLP) de cessar a violência.
Em outubro, pelo menos sete policiais morreram em violentas manifestações em Lahore, no leste do país. A TLP informa que 14 de seus partidários morreram.
Há meses, o partido islâmico mobiliza seus seguidores para pedir a libertação de seu líder, Saad Rizvi.
Este último foi detido em abril, quando o governo decretou a proibição do partido e classificou a sigla como organização "terrorista". A medida foi em resposta ao pedido de remoção do embaixador francês no Paquistão.
O porta-voz do TLP, Sajjad Saifi, comemorou o fim da proibição do partido, o que significa que ele e seus simpatizantes não podem mais ser perseguidos no âmbito da legislação antiterrorismo.
Há oito dias, o partido concluiu um acordo com o governo para colocar um ponto final à violência. O pacto também permitiu a soltura de 860 de seus apoiadores.
O governo não deu detalhes sobre o acordo assinado com o TLP. Desde então, o partido radical cancelou uma manifestação prevista para seguir até a capital, Islamabad, e liberou uma das principais rodovias de Punjab.
* AFP