O papa Francisco, que visitará Chipre na semana que vem, planeja levar de volta para Roma alguns migrantes, declararam as autoridades chipriotas nesta sexta-feira (26).
O pontífice, que estará na ilha mediterrânea entre 2 e 4 de dezembro, quer organizar uma viagem para que um número indeterminado de migrantes viajem a Roma, disse à imprensa o porta-voz do governo cipriota, Marios Pelekanos.
Em 2013, o papa voltou de Lesbos com três famílias sírias, em uma época em que a ilha grega era o principal porto de entrada dos migrantes na Europa.
Depois de visitar Chipre no início de dezembro, viajará para a ilha de Lesbos.
O gesto confirma "que o Vaticano reconhece o problema enfrentado hoje pela República de Chipre, pelo aumento dos fluxos migratórios", disse Pelekanos.
O político reiterou o pedido de que Chipre forneça "uma distribuição mais igualitária (dos imigrantes) entre os Estados-membros da UE, para aliviar o problema nos países da linha de frente".
Chipre afirma que enfrenta uma "crise migratória" e quer suspender as solicitações de asilo das pessoas que entram ilegalmente em seu território.
Segundo o governo, o país tem o maior número de solicitações de asilo dos 27 membros da UE em relação à sua população de quase um milhão de habitantes.
Chipre acusa a Turquia de orquestrar essa crise ao permitir a passagem de imigrantes irregulares da República Turca do Norte de Chipre.
Desde que o exército turco invadiu o norte de Chipre em 1974 em resposta a um golpe de Estado dos nacionalistas greco-cipriotas que queriam unir a ilha com a Grécia, a República de Chipre, membro da UE desde 2004, está dividida em dois.
* AFP