
Joe Biden e Xi Jinping concordaram em começar a considerar discussões "estratégicas" de controle de armas entre as duas potências nucleares, disse um alto funcionário da Casa Branca nesta terça-feira (16), um dia depois de uma cúpula virtual entre os presidentes.
— O presidente Biden levou ao presidente Xi a necessidade de uma série de negociações sobre estabilidade estratégica— afirmou o conselheiro de Segurança Nacional americano, Jake Sullivan, um termo diplomático para questões relacionadas a armas. — Os dois líderes concordaram que trabalharíamos para considerar a realização de conversas sobre estabilidade estratégica — continuou, em linguagem ostensivamente cautelosa, em uma conferência organizada pelo "think tank" Brookings Institution.
O conselheiro próximo de Biden havia sido questionado sobre o aumento das armas chinesas.
O Pentágono confirmou recentemente que Pequim havia conduzido um teste de míssil hipersônico em agosto e divulgou um relatório indicando que o programa nuclear da China estava se acelerando mais do que o previsto.
Embora os Estados Unidos e a Rússia tenham mantido um diálogo formal sobre estabilidade estratégica desde a Guerra Fria, o que resultou em vários acordos de desarmamento no passado, esse não foi o caso com a China.
O ex-presidente americano Donald Trump pediu repetidamente que Pequim fosse incluída nas negociações entre Estados Unidos e Rússia, mas sem sucesso. Seu sucessor parece estar inclinado para discussões bilaterais mais informais nesta fase.
— Não é o mesmo que temos no contexto russo, com um diálogo formal sobre estabilidade estratégica muito mais antigo e enraizado na história. Há menos maturidade nessa área na relação entre Estados Unidos e China — afirmou Sullivan. — Mas os dois líderes conversaram sobre essas questões e agora temos que pensar na forma mais produtiva de levá-las adiante — acrescentou.