O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, recebeu nesta sexta-feira (20) a terceira dose da vacina contra o coronavírus e estimulou a população a seguir seus passos, após a redução da idade mínima para receber o reforço em um momento de aumento das contaminações.
— Ao ser vacinado com uma terceira dose, poderemos evitar um quarto confinamento. Vemos a grande efetividade das vacinas, sem dúvida, e esta é uma forma de acabar com o vírus — disse Bennett, 49 anos, antes de ser vacinado em um hospital público em Kfar Saba.
— Agora estamos no ponto máximo da batalha, podemos vencê-la juntos. Está ao nosso alcance, mas ainda não estamos lá — completou.
Israel registrou nos últimos dias quase 8 mil novos casos diários de contágios, um recorde desde janeiro. Para lutar contra a propagação do vírus, o ministério da Saúde decidiu reduzir a idade mínima a 40 anos para receber uma terceira dose da vacina, principalmente o fármaco da Pfizer/BioNTech.
Em 13 de agosto, o país reduziu a idade para 50 anos, apesar do apelo da Organização Mundial da Saúde (OMS) para que os países não apliquem a terceira dose de reforço, com o objetivo de deixar mais vacinas disponíveis para os países pobres, que registram taxas de vacinação pequenas.
Bennett respondeu que a administração das doses em Israel — país com 9 milhões de habitantes — não afetaria as reservas mundiais e permitiria testar a eficácia de uma terceira dose.
No total, Israel registra 970 mil casos de covid-19, com mais de 6.700 mortes. Mais de 5,4 milhões de pessoas receberam duas doses da vacina, o que corresponde a 58% da população, e quase 1,2 milhão a terceira.