O exército congolês anunciou nesta sexta-feira (6) que pelo menos dois mil militares morreram desde outubro de 2014 na região de Beni, no leste do país, em combates contra os rebeldes das Forças Democráticas Aliadas (ADF).
"Pelo menos 2.000 militares morreram aqui, na região de Beni, desde outubro de 2014", em combates para deter os massacres de civis, declarou à imprensa o general de brigada Sylvain Ekenge, porta-voz do governador militar de Kivu do Norte, na República Democrática do Congo.
"Detivemos 145 colaboradores das ADF entre a população. Uma centena de combatentes ADF estão capturados e presos", acrescentou, assegurando que "ter a paz de forma imediata é uma ilusão", pois "a guerra durou mais de 20 anos".
O primeiro massacre de civis em Beni ocorreu em 15 de outubro de 2014, quando 32 civis foram mortos em Ngadi, explicou à AFP em maio passado um resgatado. Desde então, o exército realizou várias operações contra as ADF, embora não tenha conseguido acabar com os massacres.
A princípio, as ADF eram formadas por rebeldes muçulmanos ugandenses que queriam expulsar o presidente Yoweri Museveni. Mas há quase 30 anos agem no leste da RDC e têm sido acusadas de terem matado mais de 6.000 civis desde 2013, segundo um balanço do episcopado congolês.
* AFP