A Rússia anunciou neste sábado (24) que enviou a Cuba dois aviões com ajuda humanitária, incluindo um milhão de máscaras, para ajudar no enfrentamento ao forte aumento de casos de covid-19 e ao bloqueio econômico dos Estados Unidos.
Por ordem do presidente russo Vladimir Putin, "dois aviões An-124 do Ministério da Defesa decolaram do aeroporto de Chkalovski, perto de Moscou, com destino a Cuba. Os aviões entregarão a Cuba alimentos, equipamentos de proteção individual e mais de um milhão de máscaras médicas. No total, são mais de 88 toneladas", informou um comunicado.
A ilha, de 11 milhões de habitantes, está passando por um aumento preocupante no número de infecções e mortes por covid-19. Desde o início da pandemia, foram registrados 316.383 casos e 2.203 mortes, segundo dados oficiais de sexta-feira.
Somam-se a essa situação as dificuldades econômicas causadas pelo embargo dos Estados Unidos. Na quinta-feira, Washington também impôs sanções financeiras, sobretudo simbólicas, ao ministro da Defesa cubano, Álvaro López Miera.
Os Estados Unidos aprovaram as sanções devido à "repressão" aos recentes "protestos pacíficos e pró-democracia" que tomaram as ruas de Cuba e ameaçaram as autoridades comunistas do país com novas medidas punitivas.
Em 11 de julho, gritos de "Estamos com fome!" e "Abaixo a ditadura!" acompanharam as manifestações em várias cidades, que continuaram no dia seguinte em alguns pontos. Ao fim desses protestos, que causaram uma morte e dezenas de feridos, cerca de 100 pessoas foram presas, de acordo com várias organizações de oposição.