A Rússia anunciou nesta terça-feira (13) o registro de 780 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, o sexto recorde desde o início de julho no país, afetado pela disseminação da variante Delta.
O novo informe supera os 752 óbitos alcançados no último sábado (10). As autoridades também informaram a ocorrência de 24.702 novos casos de coronavírus.
A pandemia segue fazendo estragos na Rússia pela expansão da variante Delta, considerada altamente contagiosa e que surgiu na Índia. No momento, os principais focos estão em Moscou e na segunda maior cidade do país, São Petersburgo, onde as medidas de restrição foram reforçadas nas últimas semanas.
Por enquanto, as autoridades recusam uma volta ao confinamento, como aconteceu na primavera de 2020 (outono no Brasil), com o objetivo de preservar uma economia já frágil.
O prefeito da capital, Sergei Sobianine, disse, por sua vez, que a situação "está se estabilizando".
Desde o início da pandemia, mais de 5,8 milhões de pessoas foram infectadas na Rússia, e 144.492 morreram, segundo dados oficiais.
A agência de estatísticas Rosstat, que trabalha com uma definição mais ampla de mortes ligadas à covid-19, registrou um acumulado de cerca de 290 mil mortes, em um relatório de final de maio.
A luta contra o vírus na Rússia está sendo complicada, devido à lenta campanha de vacinação causada pela desconfiança da população. Para tentar enfrentar esta barreira, as autoridades adotaram medidas como a implementação de um passe sanitário para ir a restaurantes em Moscou, ou a vacinação obrigatória de determinadas categorias de trabalhadores, como os do setor de serviços.
Segundo o site Gogov, que coleta dados regionais e da imprensa na ausência de estatísticas oficiais, 29,4 milhões de pessoas receberam pelo menos uma dose de uma das vacinas russas aprovadas. Isso equivale a 20,1% da população do país.