O balanço do acidente ferroviário de segunda-feira (7) em uma área remota da província de Sindh, sul do Paquistão, subiu para 63 vítimas fatais, anunciaram as autoridades do país. A tragédia aconteceu quando um trem procedente de Karachi descarrilou e, em seguida, foi atingido por outro procedente de Rawalpindi, que circulava no sentido contrário.
O vice-comissário de Sindh, Usman Abdullah, divulgou duas listas de mortos, que incluem 12 pessoas ainda não identificadas, na tragédia. O balanço divulgado na segunda-feira registrava 43 óbitos.
Entre as vítimas fatais estão um bebê de poucos meses e uma mulher de 81 anos. Durante a noite, as equipes de resgate continuaram retirando corpos dos vagões destruídos.
O exército e uma equipe de engenheiros civis trabalharam para remover a maior parte dos vagões afetados pelo acidente, enquanto funcionários do sistema ferroviário reparavam as vias.
— Este é o maior acidente que vi em 10 anos de serviço — declarou à AFP o engenheiro ferroviário Jahan Zeb.
O porta-voz da empresa "Pakistan Railways", Ijaz Shah, afirmou que as famílias dos mortos receberão uma compensação de 1,5 milhão de rupias (US$ 9,6 mil).
O acidente aconteceu na madrugada de segunda-feira, perto da cidade de Daharki, na província de Sindh, no momento em que provavelmente a maioria dos 1,2 mil passageiros dos trens estava dormindo.
A tragédia provocou um novo debate sobre o estado das ferrovias do Paquistão, que herdou milhares de quilômetros de vias e trens do período em que o território era uma colônia do Império Britânico. A rede está em decadência há várias décadas devido à corrupção, má gestão e falta de investimentos.