A variante Gamma, identificada pela primeira vez no Brasil, é a predominante na Argentina, segundo o último relatório de vigilância genômica do vírus sars-cov-2, causador da covid-19, informou o Ministério da Saúde local na quarta-feira (23).
"Na Argentina predomina a circulação da variante Gamma, originalmente identificada em Manaus. Em todas as regiões do país são mais prevalentes as variantes de preocupação do que as que não são de preocupação", informou o ministério em um comunicado.
As autoridades chegaram a esta conclusão a partir da análise de 1.077 amostras que testaram positivo para a covid e sem antecedentes de viagens ao Exterior, realizada pelo Instituto Nacional de Doenças Infecciosas (INEI-ANLIS).
"As variantes mais prevalentes em todas as regiões do país são Gamma (Manaus) com 41%, Lambda (Andina) com 14%, e a variante Alpha (identificada no Reino Unido) com 11%", informou o ministério em um boletim.
A pasta acrescentou que "a partir da análise das últimas semanas epidemiológicas se depreende que em todo o país mais de 90% correspondem a variantes de preocupação".
Enquanto isso, a variante Gamma também predomina entre os viajantes que testaram positivo ao entrar na Argentina, de acordo com o sequenciamento genético de 248 amostras. A cepa foi detectada em 89 pessoas procedentes de México, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia e Paraguai.
Em 55 casos sequenciados de viajantes procedentes de Estados Unidos, México, Espanha, Bangladesh, Panamá e Paraguai, foi isolada a variante Alpha. Foi registrado, ainda, um único caso da variante Beta (identificada na África do Sul) em uma pessoa procedente da Espanha, e em três passageiros foi identificada a variante Delta, originada na Índia.
A Argentina supera os 4,3 milhões de contágios e soma quase 91 mil mortes pelo coronavírus, em um país de 45 milhões de habitantes, onde 18,8 milhões de pessoas (42% da população) receberam ao menos uma dose da vacina contra a covid e 3,7 milhões estão completamente imunizadas.