O Chile iniciou nesta terça-feira (22) a vacinação contra a covid-19 de adolescentes a partir de 12 anos. As autoridades sanitárias determinaram que a vacinação será realizada com o imunizante da Pfizer/BioNTech e os primeiros a receberem serão adolescentes em centros do Serviço Nacional do Menor (Sename), centros de saúde mental e os com comorbidades específicas.
— O objetivo é vacinar todas as crianças e jovens entre 12 e 17 anos, porque já temos uma vacina aprovada para cumprir essa função — disse o presidente do Chile, Sebastián Piñera, no início da vacinação em Santiago. — Quando tivermos a vacina adequada, também vacinaremos crianças menores de 12 anos.
O país se une ao Uruguai, que começou a vacinar adolescentes entre 12 e 17 anos há duas semanas, tornando-se o primeiro país da América Latina a fazê-lo.
O Chile recebeu mais de 5 milhões de doses da Pfizer/BioNTech desde o início da vacinação em massa de adultos em 3 de fevereiro. O país recebeu também as vacinas CoronaVac (18,1 milhões), AstraZeneca (897,6 mil, das quais 489,6 mil vieram pelo consórcio internacional Covax), além da CanSino (575.908). No total, foram recebidas 24,6 milhões de doses. A vacina da Janssen (Johnson & Johnson) também foi aprovada para uso, mas nenhuma remessa chegou ainda.
No Chile, 11,8 milhões de pessoas já receberam a primeira dose da vacina contra a covid-19, enquanto 9,3 milhões tomaram duas doses. O governo pretende vacinar até o final de junho a população-alvo de mais de 15 dos 19 milhões de habitantes do país. Embora o processo de vacinação no Chile tenha sido rápido, o presidente Piñera indicou que há pelo menos 2 milhões de pessoas na população-alvo que ainda não foram vacinadas.
— Isso significa um risco não só para a saúde e a vida dessas pessoas, mas também para todos ao seu redor — disse ele.
O país tem registrado uma redução nos casos de infecções diárias há vários dias. Nesta terça-feira, foram somados 3.464 casos e 45 mortes por coronavírus, atingindo 1,5 milhão de pacientes e mais de 30 mil óbitos.